segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O enganador

O enganador

             “Cresceram os meninos; e Esaú tornou-se perito caçador, homem do campo; mas Jacó, homem sossegado, que habitava em tendas. Isaque amava a Esaú, porque comia da sua caça; mas Rebeca amava a Jacó. " Gênesis  25:27-28.
            Um dos nomes mais conhecidos da história bíblica e da cultura israelita é o nome de Jacó. Dividindo o ventre de sua mãe Rebeca,  com seu irmão gêmeo Esaú.  Jacó teve que usar de todas as artimanhas possíveis para  adquirir a primogenitura, fato este legitimado a seu irmão de direito mas não de fato. Esaú, um caçador preocupado somente com o fruto de seu trabalho, deixando o futuro, ou seja a linhagem familiar para que Deus providenciasse, uma maneira da qual tanto ele ou outra pessoa qualquer poderia dar continuidade.  Esaú por ser o primogênito, ficava totalmente à vontade, pois entendia ele que era algo que não poderia perder.
            Enquanto Esaú continuava seu trabalho no campo, Jacó astutamente preparava uma maneira para poder tirar o direito de seu irmão. Mesmo sendo gêmeos, nascidos no mesmo dia, a diferença de idade se dava entre ambos pois Esaú saiu primeiro, e agarrado a seu calcanhar logo em seguida veio Jacó, por isso o significado de seu nome (suplantador). Para muitos a disputa da primogenitura começava dentro do ventre de sua mãe, ambos querendo ser o primeiro a nascer. 
            Procurando meios para conseguir seus objetivos pessoais, certa vez quando Esaú chegou do campo cansado, Jacó, aproveita o momento e compra  a primogenitura de seu irmão trocando por um cozido vermelho que Jacó tinha preparado. Depois de jurar que  alcançaria o  tão sonhado objetivo de sua vida, Jacó por um preço muito baixo, vendeu o seu direito. Pão e o cozido vermelho de lentilhas, foi o valor.
Quando seu pai Isaque, foi abençoar o primogênito antes de sua morte quem estava lá para receber a bênção; Jacó, todo camuflado em volto em peles, conseguiu enganar seu velho pai já cego e de idade avançada. Isaque pensou que era Esaú, pois o caçador era peludo. Se o velho pai soubesse não se deixaria enganar, pois não tinha compartilhado daquela negociata. Jacó conseguiu seu intento, recebeu a bênção do pai. Santo Agostinho, certa vez, disse: " É impossível enganar-se sobre a verdade de uma percepção; o engano está em afirmar uma verdade existente na coisa, fora do próprio ato de perceber." Assim, radicalizando esta posição, este pensador fundamenta a certeza da existência, pela noção de que: aquele que se engana pôde afirmar que é, pois o que não é não pode ser enganado. 
Hoje vivemos em uma sociedade que pessoas enganam outras através de propagandas, contratos, afirmativas e promessas.  Promessas!!! Velhas artimanhas de políticos já manjados pelos eleitores. Programas de rádio e televisão onde seus apresentadores de uma forma técnica muito bem elaborada anunciam apresentações mirabolantes, mais na realidade são notas comuns. Tudo isto um dia vai acabar o povo está ficando atento.
           

Pastor Jandiro A Silva

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