O enganador
“Cresceram os meninos; e Esaú tornou-se perito caçador, homem do campo;
mas Jacó, homem sossegado, que habitava em tendas. Isaque amava a Esaú, porque
comia da sua caça; mas Rebeca amava a Jacó. " Gênesis 25:27-28.
Um
dos nomes mais conhecidos da história bíblica e da cultura israelita é o nome
de Jacó. Dividindo o ventre de sua mãe Rebeca,
com seu irmão gêmeo Esaú. Jacó
teve que usar de todas as artimanhas possíveis para adquirir a primogenitura, fato este
legitimado a seu irmão de direito mas não de fato. Esaú, um caçador preocupado
somente com o fruto de seu trabalho, deixando o futuro, ou seja a linhagem
familiar para que Deus providenciasse, uma maneira da qual tanto ele ou outra
pessoa qualquer poderia dar continuidade.
Esaú por ser o primogênito, ficava totalmente à vontade, pois entendia
ele que era algo que não poderia perder.
Enquanto
Esaú continuava seu trabalho no campo, Jacó astutamente preparava uma maneira
para poder tirar o direito de seu irmão. Mesmo sendo gêmeos, nascidos no mesmo
dia, a diferença de idade se dava entre ambos pois Esaú saiu primeiro, e
agarrado a seu calcanhar logo em seguida veio Jacó, por isso o significado de
seu nome (suplantador). Para muitos a disputa da primogenitura começava dentro
do ventre de sua mãe, ambos querendo ser o primeiro a nascer.
Procurando
meios para conseguir seus objetivos pessoais, certa vez quando Esaú chegou do
campo cansado, Jacó, aproveita o momento e compra a primogenitura de seu irmão trocando por um
cozido vermelho que Jacó tinha preparado. Depois de jurar que alcançaria o tão sonhado objetivo de sua vida, Jacó por um
preço muito baixo, vendeu o seu direito. Pão e o cozido vermelho de lentilhas,
foi o valor.
Quando
seu pai Isaque, foi abençoar o primogênito antes de sua morte quem estava lá
para receber a bênção; Jacó, todo camuflado em volto em peles, conseguiu
enganar seu velho pai já cego e de idade avançada. Isaque pensou que era Esaú,
pois o caçador era peludo. Se o velho pai soubesse não se deixaria enganar,
pois não tinha compartilhado daquela negociata. Jacó conseguiu seu intento,
recebeu a bênção do pai. Santo Agostinho, certa vez, disse: " É
impossível enganar-se sobre a verdade de uma percepção; o engano está em
afirmar uma verdade existente na coisa, fora do próprio ato de perceber." Assim,
radicalizando esta posição, este pensador fundamenta a certeza da existência,
pela noção de que: aquele que se engana pôde afirmar que é, pois o que não é
não pode ser enganado.
Hoje vivemos em uma
sociedade que pessoas enganam outras através de propagandas, contratos,
afirmativas e promessas. Promessas!!!
Velhas artimanhas de políticos já manjados pelos eleitores. Programas de rádio
e televisão onde seus apresentadores de uma forma técnica muito bem elaborada
anunciam apresentações mirabolantes, mais na realidade são notas comuns. Tudo
isto um dia vai acabar o povo está ficando atento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário