Uma Senhora por nome
Maria Antônia
São Paulo década de sessenta, vivíamos uma
insegurança, pois alguns apoiavam outros não o tão falado regime militar. Para
uns foi muito bom, outros não. Até nos dias de hoje temos divergências, e como
temos.
O ano de 1968 foi um momento de forte resistência da
classe estudantil, que era majoritariamente contrária ao regime militar Em
1964, houve uma divisão da classe média brasileira que, em cima da
propaganda anticomunista e, apoiou a deposição do presidente João Goulart e
passou a esperar por uma transição rápida para a democracia.
Nos quatro anos seguintes, sem perspectiva de abertura e diante
de uma política econômica recessiva e de sinais de violência por parte dos
militares, a maior parte da classe média começou a se posicionar contra o
regime militar. Seus filhos, mais de 200 mil estudantes universitários e
centenas de milhares secundaristas, seguiam pelo mesmo caminho. A universidade
brasileira vivia uma crise de sentido: não servia a quem queria mudanças na
sociedade e nem ao capitalismo brasileiro, que vivia uma fase de
modernização. As condições de luta no segundo semestre eram mais difíceis:
muitos estudantes foram presos e a polícia se empenhava em acabar com as
ocupações em universidades.
Pelo fato de abrigar a Faculdade de Filosofia da USP
e a Universidade Mackenzie, a rua Maria Antônia, no centro da capital paulista,
foi palco da luta entre estudantes de esquerda e de direita, no começo de
outubro de 1968. Os estudantes se enfrentavam como podiam - pedras, paus e até
bombas - e a polícia assistia a tudo sem intervir. Os estudantes de direita,
ligados ao CCC incendiaram o prédio da USP com coquetéis mocotó. Depois de dois
dias de enfrentamento, um tiro vindo do prédio do Mackenzie feriu mortalmente o
jovem secundarista José Guimarães. Os estudantes da USP, com a camisa
ensanguentada do estudante, tomaram as ruas de São Paulo e entraram em choque
com a repressão. Ao final do conflito, a polícia invadiu os prédios da USP e do
Mackenzie e prendeu dezenas de estudantes.
Esses conflitos se deu na Rua
Maria Antônia em São Paulo. Dona Maria Antônia participou de tudo isso. Os
tempos se passaram e ela se casou e muito cedo perdeu seu amado, já eram tempos
de paz, a “Democracia”.
Como o tempo se passou, chegou a idade e dona Maria Antônia,
como era conhecida, e gostava de ser chamada – Seu nome fez história, triste
mas fez, não se casou mais e vários dias por semana após semanas passava com
sua bengala, indo pra um lugar ignorado. Não faltava nem vai faltar curiosos
para bisbilhotar a vida daquela mulher de mais de 80 anos, estudada, sempre no
mesmo horário 18:45 hs passava pelo mesmo lugar a mesma rua e causava
curiosidade aos que à viam. Sr José de Almeida um homem de meia idade perguntou
certa vez. – Dona Maria pra onde a senhora vai, com todo respeito, linda
perfumada? Com um sorriso cansado pelas rugas da idade ela respondeu, sem
levantar a cabeça e parar, – Vou encontrar meu Noivo! Um dia movido pela
curiosidade (dizem que a curiosidade matou o gato) Sr. José pediu e lhe
acompanhou. Demorou para chegarem poucas quadras adiante. Chegando a um velho
salão ela entrou, sr José titubeou e entrou também, ambos sentaram, não antes
de Dona Maria Antônia se ajoelhar e em poucas palavras dizer em voz alta. –
Graças te dou Senhor por me livrastes, de ter mudado minha vida e
principalmente ter conhecido o Senhor. Levantou
e disse sorrindo ao Sr. José Acabei de falar com Jesus ele é a fonte de minha existência.
Sr José sem entender pergunta – E seu noivo dona Maria Antônia? - Agora sorrindo ela responde: - Eis que tudo
se fez novo, Jesus me transformou e faço parte da NOIVA DO CORDEIRO, sou grata
a Ele. Naquela noite Sr. José conheceu Jesus e foi mais uma alma a se converter
aos pés do Senhor.
Misturei realidade com ficção.
Espero que a mensagem atinja seu coração.
Pastor Jandiro A
Silva, um homem acima de tudo servo do Senhor que luta contra um câncer, mais
não solta da Palavra de Deus.
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