UNIDADE
João 17:13 Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham
a minha alegria completa em si mesmos.
14 Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo,
assim como eu não sou do mundo.
15 Não peço que os tires do mundo, emas que os livres do mal.
16 Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 Santifica-os na verdade; ha tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade.
20 Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua
palavra, hão de crer em mim;
21 para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti;
que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como
nós somos um.
23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e
para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como
me tens amado a mim.
24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles
estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás
amado antes da criação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; mas seu te conheci, te estes
conheceram que tu me enviaste a mim.
26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome e lho farei conhecer mais, para que
o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
Introdução
Jesus acabara de se
despedir dos seus discípulos, prometendo-lhes o Consolador, o Espírito Santo.
Após as suas palavras confortadoras, levantou os olhos ao céu e orou no sentido
que todos os crentes fossem unidos em amor.
“Não peço somente
por eles, mas também em favor dos que vão crer em mim por meio da sua palavra.
E peço que todos eles sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e
eu estou unido contigo, que eles também estejam unidos a nós para que o mundo
creia que tu me enviaste.”
O cap. 17 contém a oração final de Jesus por seus
discípulos. Este texto revela os desejos e anseios mais profundos de nosso
Senhor por seus seguidores, tanto
naquela ocasião como agora. Além disso, esta oração é um exemplo inspirado pelo
Espírito de como todo pastor deve orar por seu povo e como todo pai deve orar
por seus filhos. Ao orarmos pelos que estão sob nossos cuidados, nossos
propósitos principais devem ser:
(1) para que
conheçam intimamente a Jesus Cristo e à sua Palavra (vv. 2,3,17,19; ver v. 3
nota);
(2) para que Deus
os preserve do mundo, da apostasia, de Satanás, do mal e das falsas doutrinas
(vv. 6,11,14-17);
(3) para que tenham continuamente a alegria de Cristo (v.
13);
(4) para que
sejam santos em pensamento, ações e caráter (ver v. 17
nota);
(5) para que sejam um (vv. 11, 21, 22, ver v. 21 nota);
(6) para que levem outros a Cristo (vv. 21,23);
(7) para que perseverem na fé e,
finalmente, habitem com Cristo no céu (v. 24);
(8) para que permaneçam constantemente no amor e na
presença de Deus (v. 26).
João 5.24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra
e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas
passou da morte para a vida.
Abrange, também, união e comunhão constante e viva com
Cristo (1 Jo 5.12). Não existe vida eterna à parte dEle (10.27,28; 11.25,26; 1
Jo 5.11-13). (2) Uma esperança futura. A vida eterna está associada à vinda de
Cristo para levar os seus fiéis (ver 14.3 nota; cf. Mc 10.30; Tt 1.2; 3.7; 2 Tm
1.10), e depende do viver no Espírito (Rm 8.12-17; Gl 6.8).
Na Perspectiva
dessa oração, somos desafiados:
1) A PRESERVAR
NA UNIDADE DO CORPO.
(Efésios 4:3-6)
“ Façam tudo para conservar, por meio
da paz que une vocês, a união que o Espírito dá. Há um só corpo, e um só Espírito,
e uma só esperança, para a qual Deus chamou vocês. Há um só Senhor, uma só fé e
um só batismo. E há somente um Deus e Pai de todos, que é o Senhor de todos,
que age por meio de todos e está em todos.“
O conceito
teológico de “CORPO”:
a)
UNIDADE.
b)
HARMONIA.
c) SAÚDE.
2) A CULTIVAR
O AMOR FRATERNAL .
(Gálatas
5:6) “Pois, quando estamos unidos com Cristo Jesus, não há diferença
nenhuma entre nós. O que importa é a fé que atua por meio do amor.”
(Efésios
5:2) “Que a nossa vida seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos
amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um
sacrifício que agrada a Deus!”
(Hebreus 13:1)
“Continuemos a amar uns aos outros como irmãos e irmãs em Cristo.”
3) A
PERSEVERAR NA COMUNHÃO CRISTÃ.
O conceito
bíblico para “COMUNHÃO”:
a)
ENVOLVIMENTO.
b) SENTIMENTO.
c)
EXPERIÊNCIA.
(I João 1:3)
“Ora, a nossa comunhão (Koinonia) é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.”
(Atos 2:42) “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão (Koinonia), no partir do
pão e nas orações.”
A nossa comunhão
com DEUS e com os IRMÃOS só é possível por meio de JESUS CRISTO,
nosso único SALVADOR.
CONCLUSÃO: A
relevância do nosso testemunho autenticará a nossa mensagem!
(V. 21b) “Que
eles também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste.”
17.3 A VIDA ETERNA.
A vida eterna é mais do que a existência sem fim. É uma qualidade especial de
vida que o crente recebe à medida que ele compartilha da vida de Deus por meio
de Cristo.
Isso permite ao crente um crescente conhecimento de Deus
em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. No NT, a vida eterna é
descrita como: (1) Uma realidade presente (5.24; 10.27,28;
17.3). A
possessão atual da vida eterna requer uma fé viva. A vida eterna não é obtida e
mantida meramente por meio de um ato de arrependimento e fé ocorrido no passado
(ver
17.6 GUARDARAM
A TUA PALAVRA. A oração de Cristo pela proteção, pela alegria, pela santificação,
pelo amor e pela união, refere-se somente àqueles que pertencem a Deus (v. 6),
que
creram em Cristo (v. 8), que se separaram do mundo (vv.
14-16) e que guardam a Palavra de Cristo e crêem nos seus ensinos (vv. 6,8).
17.17
SANTIFICA-OS NA VERDADE. Santificar significa tornar santo, separar. Jesus ora
na noite da véspera da sua crucificação, para que seus discípulos sejam um povo
santo, separados do
mundo e do pecado, para adorar a Deus e servi-lo. Devem
separar-se para estarem perto de Deus, para viverem para Ele e para serem
semelhantes a Ele. Essa santificação vem pela dedicação à
verdade revelada pelo Espírito da verdade (cf. 14.17;
16.13). A verdade é tanto a Palavra viva de Deus (ver 1.1), como a revelação da
Palavra escrita de Deus (ver o estudo A SANTIFICAÇÃO)
17.19 ME SANTIFICO A MIM MESMO. Jesus se
"santifica" separando-se exclusivamente para cumprir a vontade de
Deus, i.e., morrer na cruz. Jesus sofreu no Calvário a fim de que seus
seguidores pudessem separar-se do mundo e se dedicarem a
Deus (ver Hb 13.12).
17.21 PARA QUE
TODOS SEJAM UM. A união em favor da qual Jesus orou não era a união de
igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (v.
23); amor a Cristo
(v. 26); separação do mundo (vv. 14-16); santificação na
verdade (vv. 17-19); receber a verdade da Palavra e crer nela (vv. 6,8,17);
obediência à Palavra (v. 6); e o desejo de levar a salvação aos
perdidos (vv. 21,23). Faltando algum desses fatores, não
pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração. (1) Jesus não ora
para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam
um". Trata-se do subjuntivo presente e significa "continuamente ser
um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o
Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e
a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7). (2) Intentar criar uma
união artificial por meio de reuniões, conferências ou organização centralizada,
pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou. Ele
tinha em mente algo muito mais do que "reuniões de unificação", i.e.,
de união artificial. É uma união espiritual de coração, propósito, mente e
vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade
(ver Ef 4.3 nota).
17.22 A GLÓRIA QUE
A MIM ME DESTE. A "glória" de Cristo foi sua vida de serviço
abnegado e sua morte na cruz a fim de redimir a raça humana. Semelhantemente, a
"glória" do crente é o
caminho do serviço humilde e de carregar a sua cruz (cf.
Lc 9.23 nota). A humildade, a abnegação, o serviço e a disposição de sofrer por
Cristo, garantirão a verdadeira unidade dos crentes, que levará à glória
verdadeira (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS)
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